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Criação vs Evolução

Criação vs Evolução: A ciência e o catolicismo concordam quanto ao vencedor56 minutos de leitura

Apresentação
Cataclismo holandês
Centro Kolbe
DVD “Fundamentos Restaurados”
Origens não é assunto para ciência empíria
1ª reacção da igreja
Ernst Haeckel
Aceitação crescente por intelectuais católicos
A terra está no ou perto do centro do universo
Lyell e Hutton
Datação radiométrica
Carbono 14
Dilúvio e os dinossauros
Dinossauros sobreviventes?
Perigo para a igreja

John Henry Westen: Bem vindos a este episódio do Programa de John Westen. Sou John-Henry Westen, o vosso anfitrião. Vamos falar acerca de algo deveras controverso, acerca da criação versus evolução e vai ser realmente fascinante. Fique connosco.

Vamos começar, como sempre, com o sinal da cruz. No Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. Tenho o prazer de estar no programa de hoje com alguém que tem estudado este tema da evolução versus criação durante muito, muito tempo. O seu nome é Hugh Owen. Hugh, bem vindo ao programa

HO: Obrigado. É uma alegria estar consigo.

JHW: Então vamos diretos ao assunto. Primeiro que tudo, numa visão abrangente, o que é que se está a passar com a criação-evolução? Quero dizer, era algo universalmente aceite,  a criação ordenada por Deus era aceite e ensinada nas escolas em todo o lado até, de facto, até há muito pouco tempo em termos históricos e no entanto agora, tem havido ações em tribunal para parar com isso, lutas e legislaturas para permitir às pessoas continuar a ensiná-la nas salas de aula e um grande debate. Onde é que nos encontramos hoje?

HO: Bem, a situação hoje tem que ser compreendida no contexto apropriado. A origem do homem e do universo é um assunto fundamental porque o que compreendemos e acreditamos acerca das origens do homem e do universo determina toda a nossa visão do mundo, determina o entendimento de nós próprios, de como entendemos o Criador – se acreditamos na criação – e sobre como compreendemos o nosso relacionamento com Ele. Então, isso é fundamental. E nos últimos 2.000 anos a Igreja Católica sempre baseou os seus ensinamentos, todo o seu programa educacional, na revelação de Deus, de como Ele criou os céus e a terra e os mares e tudo o que neles existe, da maneira como foi revelado a Moisés na história sagrada do Génesis.

O que aconteceu foi que, começando no século 19, houve um movimento para abandonar os ensinamentos tradicionais da igreja sobre a criação e substituí-los com uma hipótese pensada pelo homem, de que tudo no universo teria acontecido através dos mesmos processos naturais que existem hoje. E, no princípio, houve muita resistência a isso, mas, eventualmente, de facto no começo do século 20, os humanistas seculares cuja completa visão do mundo é baseada no pressuposto que tudo apareceu através do processo natural da evolução, através dos mesmos tipos de processos materiais que acontecem ainda hoje, estas pessoas como o John Dewey, basicamente tomaram controle do sistema educativo, aqui e em todo o mundo ocidental e começaram a impor o ensino desta hipótese evolucionária moléculas-até-homem como sendo ciência natural. E começaram a trabalhar na exclusão de qualquer ensinamento da criação sobrenatural como doutrina religiosa, a qual não teria lugar na educação secular.

Agora, a ironia disto claro, é que nem o relato evolucionário das origens do homem e do universo, nem o relato cristão verdadeiro das origens do homem e do universo, são algo que possa ser determinado através dos métodos normais da ciência natural por uma simples razão: o trabalho da Criação foi sobrenatural. Isso foi compreendido e ensinado na igreja desde o começo e por todos os padres e doutores da igreja, incluindo o Santo Tomás de Aquino.

Então a presunção de que as origens do homem e do universo são um assunto apropriado para a ciência natural não é, em si mesmo, uma opinião simplesmente concluída de ciência empírica, mas uma opinião filosófica. E a ironia é que os humanistas seculares estão de facto a impor a sua religião, porque o humanismo secular é uma religião. E o Supremo Tribunal até reconheceu o humanismo secular como sendo uma religião, para o propósito da liberdade de religião. Mas quando chegamos ao ensino da evolução nas escolas públicas, mesmo sendo o fundamento do humanismo secular, é tratada como ciência natural, ao passo que a explicação cristã para as origens do homem e do universo – que é muito mais razoável – é banida porque é supostamente um dogma religioso. Esta é a situação atualmente.

JHW: Muito bem. Então é exatamente isso. Mas o que gosto mais acerca do que está a fazer é que está de facto igualmente a tomar em consideração a própria ciência. E iremos falar sobre isso. Mas primeiro que tudo, pode contar-nos um pouco sobre si e sobre o Kolbe Center, do qual foi fundador.

Apresentação

HO: Certamente. Entrei nesta atividade porque o meu pai era filho de um pastor baptista no sul de Gales, que crescera numa família cristã conservadora e que fora para a universidade nos anos 20 e 30 em Inglaterra, onde aprendeu que a ciência conseguia explicar as origens do homem e do universo através da evolução e o meu pai, tal como milhões de outras pessoas, nessa altura e agora, perdeu completamente a sua fé no cristianismo, tornou-se um humanista secular, foi trabalhar nas Nações Unidas, tornou-se assistente do secretário-geral, e coadministrador do programa de desenvolvimento das Nações Unidas. Depois de 25 anos, retirou-se das Nações Unidas, foi armado cavaleiro pela rainha e depois olhou para o mundo e viu que todos os problemas do mundo eram muito piores do que quando as Nações Unidas tinham sido fundadas
e tomou a decisão, com a ajuda de intelectuais que ele conhecia, que a razão porque as Nações Unidas não estavam a progredir na solução dos problemas do mundo era porque não estavam a ir à raiz dos problemas mundiais que era a sobrepopulação. E o argumento era, se cortamos no crescimento da população, teremos suficiente para todos e todos os nossos problemas serão resolvidos. E então o meu pai aceitou ser o primeiro secretário geral da International Planned Parenthood Federation na precisa altura em que a IPPF mudou a sua posição em relação ao aborto e se tornou na prestadora mundial número um de abortos, assim como contraceção e educação sexual.

E esteve nessa posição cerca de um ano até que morreu inesperadamente de um ataque cardíaco em Londres, quando eu tinha apenas 16 anos de idade. Agora, eu tinha sido criado sem Bíblia, sem oração, sem qualquer formação cristã. Mas creio e não posso abordar todas as razões que me levam a estar confiante, que no último instante o Nosso Senhor Jesus Cristo deu a oportunidade ao meu pai de conhecer a verdade e arrepender-se. E acredito firmemente que à medida que entrou nas profundezas do purgatório, ele começou a orar por mim, o seu deveras confuso filho de 16 anos. Mas quer o nosso público esteja disposto a aceitar isto ou não, o facto é que, menos de dois anos após a morte do meu pai, recebi a dádiva da fé, fui batizado, confirmado, e tomei a minha primeira Comunhão Sagrada como católico na capela da Universidade de Princeton, onde estava matriculado como aluno do primeiro ano.

Cataclismo holandês

Agora, naquela altura, a pastoral Católica da Universidade de Princeton era administrada por jesuítas. E o padre jesuíta que me recebeu na igreja, deu-me um catecismo para que pudesse aprender sobre a minha fé católica. Mas o catecismo que ele me deu era o infame catecismo holandês. Chamamos-lhe o cataclismo holandês porque este é o livro que destruiu totalmente a fé de uma comunidade católica outrora vibrante. Mas este catecismo tem um tema que é constante desde o princípio até ao fim. E que é este: vivemos numa era científica e a ciência natural iluminou-nos de tal maneira a ponto de compreendermos tudo na nossa fé católica de uma forma renovada e profunda. E com este preâmbulo altissonante, os autores começam a semear dúvida na mente do leitor acerca de tudo, desde a existência de anjos, de Satanás, Adão e Eva, o pecado original, a virgindade perpétua da Nossa Senhora, o nascimento de uma virgem, o mal intrínseco dos contracetivos e tudo o mais que se possa imaginar e então é um milagre absoluto que eu tenha sobrevivido ao cataclismo holandês e tenha conseguido chegar à igreja. Mas mesmo tendo sobrevivido ao cataclismo holandês, isso causou-me uma quantidade tremenda de confusão e considero uma graça rara e especial obtida para mim pela abençoada Virgem Maria, que nunca tenha aceitado por completo esta ideia, que qualquer coisa que aprendêssemos, coisas novas que eram verdade na ciência natural, que causasse que mudássemos os ensinamentos da Igreja acerca da fé e da moral.

Centro Kolbe

E por último, fiquei feliz quando descobri que na altura em que o meu pai estava a ser roubado da sua fé, porque não havia ninguém ao seu redor que lhe mostrasse as falhas fatais nesta hipótese da evolução da molécula-para-o-homem, o Santo Maximilian Kolbe escrevia artigos e enviava-os por todo o mundo, a mostrar que o imperador da evolução estava nu, que na verdade não existia evidência científica sólida para esta ideia de que as moléculas se tinham tornado em corpos humanos durante milhões de anos, com os mesmos tipos de processos materiais que acontecem no presente.

E então no ano jubilar de 2000, fundamos o Centro Kolbe para o estudo da criação, para providenciar um fórum para teólogos, filósofos, e cientistas naturais católicos que rejeitam esta, diria mitologia, da evolução da molécula-para-o-homem, nem sequer lhe chamaria hipótese e para defenderem o ensino tradicional da igreja sobre a criação, que foi considerada e ensinada por todos os padres, doutores, papas, e os padres conciliares nos seus ensinamentos de autoridade.   

JHW: Certo, acho isto fascinante porque você acumulou para si próprio uma quantidade de, não apenas cientistas, cientistas também é importante, porque são capazes de se cingir à ciência e mostrar as falsidades, e abordaremos isso, mas você também tem os teólogos e os especialistas em filosofia que são capazes de explicar como isto minou a fé. Então eu compreendo também que você e os seus colegas terminaram de produzir uma série de DVDs, de facto uma série em 17 partes, chamada “Fundamentos Restaurados.” Então, se nos puder contar sobre isso, do que trata a série e a razão pela qual decidiu produzi-la?

DVD “Fundamentos Restaurados”
HO: Com certeza. “Fundamentos Restaurados” é a defesa mais completa da tradicional doutrina católica sobre a criação e a refutação mais completa das principais asserções sobre a hipótese da evolução da molécula-para-o-homem jamais produzida por católicos em suporte de vídeo. Demorou-nos três anos e meio, foi um esforço de equipa por parte de um largo número de teólogos católicos, filósofos, e especialistas em ciências naturais e o que fizemos nesta série foi, antes do mais, mostrar que a perceção ou o estudo das origens do homem e do universo não é um assunto indicado para a ciência natural porque não podemos observar o processo da criação, foi algo que aconteceu no passado e todos os padres, doutores, papas e membros conciliares, na tradição da igreja, fizeram uma distinção muito clara entre a obra da criação no princípio, a qual foi sobrenatural, a que muitos doutores chamam de desígnio da providência, a ordem natural, aquilo em que vivemos, onde Deus terminou a obra da criação e agora apenas mantém a obra da criação em existência e tudo opera de acordo com as leis naturais que Deus estabeleceu no princípio, portanto, não podemos estudar o que se passa agora e daí extrapolar tudo para trás até ao princípio para compreendermos como tudo aconteceu. Mas demonstramos à partida que competir com o que chamamos a perspetiva da criação providencial, que é a que nos foi revelada por Deus como sendo a verdadeira perspetiva e a única com uma explicação que faz sentido perante o que observamos, é o que nós chamamos de visão ou narrativa cartesiana darwiniana e esta foi a perspetiva que foi avançada pelos ditos filósofos iluminados que começou, especialmente, no século 17 com René Descartes e depois Immanuel Kant e outros e o que fizeram foi afirmar que era mais razoável explicar as origens do homem e do universo nos termos dos mesmos processos materiais que acontecem agora, em vez desta ideia estranha de que as coisas simplesmente foram trazidas à existência no princípio. Ora, as obras de Descartes foram incluídas no Index porque todo o teólogo que se preze sabia isto ser completamente absurdo.

JHW: O Index, quer dizer a lista de livros que não deveriam ser lidos pelos católicos, certo?
Correto, sim.
Sim.
HO: E a razão era de que todo o teólogo idóneo no mundo inteiro sabia que não se podia querer explicar as origens do homem e do universo por meio de processos naturais atuais, mais do que querer explicar as origens do vinho em Canã pelos mesmos processos naturais normais quando se fabrica o vinho. Em ambos os casos, foi a ação sobrenatural de Deus que produziu o resultado. E de facto, os pais da igreja notaram que o milagre das bodas de Canã foi o primeiro sinal que o Nosso Senhor Jesus Cristo deu e que havia seis urnas de água precisamente para mostrar que o poder divino pelo qual o Nosso Senhor mudou instantaneamente água normal no mais maravilhoso vinho que alguém jamais tinha provado, que tinha toda a aparência de ter passado por um processo natural longo, que de facto não tinha acontecido, era o mesmo poder divino pelo qual criou os céus e a terra e os mares e tudo o que neles existe, sobrenaturalmente no princípio.
Em seis dias.
Em seis dias, sim.
Sim.
Agora, existe um ponto de vista minoritário de Santo Agostinho que mantém que Deus criou todas as diferentes espécies de criaturas instantaneamente, mas isso não é de todo compatível com a hipótese evolucionária da molécula-para-o-homem, ainda que hoje muitos intelectuais católicos  gostem de citar Santo Agostinho no argumento da evolução teísta, na verdade não estão a ser honestos ou, pelo menos, não estão a ser corretos ao fazê-lo, porque todos os doutores e pais da igreja concordam que a obra inteira da criação foi sobrenatural, Deus falou e foi feito, Ele ordenou e foi criado.

Origens não é assunto para ciência empíria
Então o ponto é que logo no princípio da série de DVDs, nós estabelecemos esta verdade fundamental de que o que acreditamos acerca das origens do homem e do universo não é assunto apropriado para a ciência empírica porque não existe nada a ser criado hoje em dia. A única maneira de sabermos como Deus criou o mundo no princípio é através de revelação divina.

Agora, para a visão cartesiana-darwinista, é estabelecido o pressuposto de que temos que ser capazes de explicar tudo por meio de causas naturais, por meio dos mesmos processos materiais que existem agora. E, se bem que a igreja durante muito tempo tenha resistido a este naturalismo e até o tenha condenado no Syllabus Errorum e no primeiro Concílio do Vaticano, pouco a pouco, cada vez mais os intelectuais católicos, na maioria dos casos sem más intenções, aceitaram este ponto de vista do iluminismo, de que é de facto apropriado os cientistas tentarem explicar as origens de tudo no universo por meio dos mesmos processos materiais que ocorrem no presente.

E é por isso que a maioria dos intelectuais católicos hoje acreditam ser perfeitamente legítimo e correto dar explicações naturalistas para as origens de tudo no universo, desde estrelas e galáxias, a todo o tipo de plantas e animais e até mesmo para o corpo humano, antes de Deus ter infundido a alma humana no corpo de um primata sub-humano em evolução. Mas o que a maior parte destes intelectuais católicos, não importa quão brilhantes sejam, o que a maioria não percebe é que aceitaram esta filosofia do iluminismo, a qual não tem qualquer base em toda a tradição da Igreja Católica e ao fazerem-no, estão de facto a causar imenso mal às ciências naturais porque, como nós demonstramos na série de DVDs, cada tentativa de dar uma explicação natural para as origens do homem e do universo falha miseravelmente e o que acontece é que a comunidade científica acaba por investir uma quantidade tremenda dos seus recursos em exercícios fúteis. Seria como reunir os cientistas e engenheiros mais brilhantes do mundo e dizer, “A vossa prioridade máxima é descobrir como é que a água de Caná se transformou em vinho e vamos dar-vos um orçamento ilimitado e as melhores instalações do mundo para que possam levar esta tarefa a bom termo.” Isso seria um colossal desperdício de recursos.

Mas é isso exatamente o que está a acontecer na comunidade científica hoje porque a falsa filosofia do iluminismo foi aceite pela vasta maioria de intelectuais, quer na comunidade católica e certamente nas outras e como resultado, tornou-se a sabedoria convencional, certamente não os ensinamentos da igreja, que as origens do homem e do universo seja um assunto legítimo das ciências naturais e este é o primeiro ponto que tem que ser clarificado. Então, com base nesse ponto de partida, passamos à demonstração de qual tem sido o ensino oficial da igreja, com relação às origens do homem e do universo, desde o tempo dos apóstolos e isso diz-nos que a história sagrada do Génesis é simplesmente isso, é um relato fiel do que Deus realmente fez quando Ele criou o mundo e é um retrato fiel do que aconteceu no primeiro período da história da humanidade até ao Dilúvio global e ao incidente da torre de Babel e depois mostramos que esta explicação alternativa para as origens do homem e do universo não teve um começo muito bom porque

Descartes de facto desenvolveu esta ideia de que poderíamos explicar tudo no universo, como se originou por processos naturais, depois de ter tido uma vida bastante imoral, explorando o oculto, e ao trocar a França Católica pela Holanda onde seria livre de pensar e escrever à vontade. E ele próprio admitiu que tinha tido três sonhos místicos nos quais um espírito de verdade o possuiu e o colocou no trilho para desenvolver uma nova e maravilhosa maneira de pensar que transformaria a maneira das pessoas pensarem.

E se assistirem à série de DVDs, acho que não terão qualquer dúvida sobre quem era esse espírito de verdade, ou seja Lucifer, que deu a Descartes ideias revolucionárias que distanciaram o actual pensamento no mundo ocidental, da tradição da igreja, da tradição de São Tomás e dos escolásticos, e numa direcção totalmente oposta, que na realidade nos levou para longe de Deus e longe da verdade.

Mas não paramos por aí porque  apresentamos também respeitosamente todas as afirmações, todas as afirmações principais dos teóricos da evolução molécula-para-o-homem, a começar pela cosmologia do big bang, com a geologia de Lyellian que foi desenvolvida por Charles Lyell e James Hutton e os seus discípulos, e que preparou o caminho para Darwin e depois abordamos exaustivamente todas as afirmações dos biólogos evolucionistas e também tratamos da afirmação de que existe evidência esmagadora, por meio da datação radiométrica e da geologia, de que a terra e o universo têm milhares de milhões de anos de existência e mostramos que na realidade, toda esta suposta esmagadora evidência é baseada em certos pressupostos que não são apenas improváveis, mas também absurdos e que quando olhamos para a evidência empírica com objectividade, em qualquer área das ciências naturais, ela é muito mais consistente com o ensinamento tradicional da igreja sobre a criação do que com a hipótese evolucionária das moléculas-para-o-homem.

JHW: Certo. E isso, penso, é muito, muito fascinante. Então a ciência, na sua capacidade de analisar as coisas, é de facto mais favorável à criação do que à própria evolução. Uma das coisas que achei fascinante quando falei consigo antes é como este tipo de conhecimento estabelecido acerca da evolução aconteceu até mesmo no seio dos intelectuais católicos. Você estava a falar no processo em que eram na realidade falsidades conhecidas que provavam a evolução, mas que perduraram o suficiente para convencer um número suficiente de pessoas que, você sabe, alguns estavam convencidos que eram falsidades, havia outro para de algum modo provar, estes são, claro, os falsos elos perdidos de que estou a falar. Mas se nos puder explicar alguma dessa progressão que permitiu que tanto do mundo intelectual católico realmente abraçasse e aceitasse como facto a teoria da evolução.

HO: Sim, na série de DVDs, abordamos com detalhe os exemplos mais importantes deste tipo, elaborando a partir da literatura científica, mas agora gostaria de destacar a mentira mais importante que teve sucesso em convencer uma grande porção da elite dos intelectuais católicos, de que a evolução molécula-para-o-homem era boa ciência. E isto aconteceu desde cedo.

1ª reacção da igreja
Veja, se for atrás ao tempo quando Charles Darwin publicou o seu livro, A Origem das Espécies, uma das coisas extraordinárias que irá aprender ou descobrir é que quando Darwin publicou o seu livro pela primeira vez, o abençoado Papa Pio IX considerou as suas ideias tão disparatadas, tão absurdas, que nem pensou que merecessem uma refutação séria. Temos o prefácio, ou recomendação que o abençoado Papa Pio IX escreveu para um livro de um doutor Francês, a rejeitar as loucas conjeturas de Darwin e nessa recomendação, o abençoado Papa Pio IX classifica a hipótese de Darwin como um conjunto de fábulas.  

E esta é uma das razões porque, no primeiro concílio do Vaticano que foi convocado 10 anos após a publicação da Origem das Espécies, não houve um repúdio explícito contra a evolução porque nessa altura isso não era simplesmente levado a sério. Houve, no entanto, um repúdio que foi passado a partir do primeiro concílio Vaticano que excluía a evolução de ser seriamente considerada pelos católicos. E esse era o anátema que dizia que se alguém dissesse que deveria ser dado um novo significado aos dogmas da fé, diferente do que tinha sido aceite e ensinado até então, que fosse considerado anátema. Agora, tem que compreender que à altura em que esse anátema foi decretado, qual era o padrão de excelência para o ensino e a pregação dos dogmas da fé católica no mundo inteiro? Era o Catecismo do Concílio de Trento. E qualquer pessoa pode ir à internet e ler o primeiro artigo do credo no Catecismo de Trento e ver que o catecismo ensina que Deus criou tudo por decreto, pela Sua vontade tudo foi criado. Não houve evolução, Ele criou todos os tipos diferentes de plantas, todos os corpos celestiais, todas a espécies diferentes de animais; o Adão, corpo e alma, e a Eva, da costela do Adão, sobrenaturalmente.

E depois o catecismo é muito claro, que nessa altura Ele parou de criar novos tipos de criaturas porque Ele criou tudo para nós nos nossos primeiros pais, Adão e Eva, poderíamos dizer, na perspetiva da encarnação e da Imaculada Conceção, e só nessa altura foi iniciada a ordem natural em que vivemos agora. Então, é impossível aprendermos alguma coisa nas ciências naturais que seja verdade, seja em astronomia, na geologia, biologia, ou qualquer outra área das ciências naturais, que alguma vez contradiga o dogma da criação, tal como é avançado no Catecismo do Concílio de Trento.

Ernst Haeckel
Mas aqui está o que aconteceu: o propagandista da evolução micróbio-para-o-homem mais bem sucedido não foi Charles Darwin, e nem mesmo T.H. Huxley, se bem que este foi muito eficaz. O propagandista mais eficaz desta mitologia da evolução foi o anatomista  alemão Ernst Haeckel. Ora, todos na minha geração, diria mesmo da sua geração, que tenham frequentado um curso de biologia do ensino médio ou do 1º ano da universidade, eram ensinados a mesma pseudo ciência fraudulenta que, com sucesso, o Ernst Haeckel apresentou ao mundo científico como sendo um facto.

O que ele fez foi, ele desenhou um embrião humano, copiou-o, e disse que a cópia era o embrião de um peixe, de uma galinha, de um porco, tartaruga, e salamandra no mesmo estágio de desenvolvimento. E esta evidência, entre aspas, foi o que ele usou para mudar totalmente a atmosfera intelectual no espaço de uma geração. E sabemos isto! O próprio Ernst Haeckel chamou, gostava de dizer, no final da sua vida, que tinha sido o maior triunfo da evolução. E sabe o que isso era? Em 1906, Ernst Haeckel, provavelmente o propagandista da evolução mais eficaz na história, considerou o maior triunfo da evolução, a conversão da igreja, de uma posição de total oposição a esta mitologia evolucionária, para a sua crescente aceitação e ele identifica os Jesuítas como os principais líderes nesta revolução dentro da comunidade cristã.

Aceitação crescente por intelectuais católicos
E então o que aconteceu foi que desde o final do século 19, um número crescente de proeminentes intelectuais católicos ficaram convencidos de que as falsificações de Ernst Haeckel refletiam a realidade e que isto era prova, obviamente em conjunto com outras provas que apareciam tais como, e muitas delas também falsificações, tais como o Homem de Piltdown e o Homem de Nebraska. Aqui nos Estados Unidos, o padre John Augustine Zahm foi um dos intelectuais dominantes na Universidade de Notre Dame e ele aceitou a evolução no começo do século 20 e ele usou os desenhos de Haeckle como o principal argumento de que os seres humanos descendiam de organismos unicelulares através do processo natural da evolução. E então pode ver que isto continuou através do século 20, então em 1970, padre Karl Rahner, sem dúvida o teólogo católico mais influente do século 20, escrevia que estava convencido que tinha passado por todos os estágios da evolução enquanto no ventre de sua mãe, tinha passado pela fase de peixe quando teve guelras e uma fase de réptil quando teve uma cauda e só depois chegou à fase humana da evolução.

Então espero que a audiência possa ver que sem a aceitação do padre Zahm e o sucesso que teve em persuadir a Universidade de Notre Dame a aceitar a hipótese falaciosa da evolução das moléculas-para-o-homem no começo do século 20, nunca teria existido um título honorário para o Barak Obama, o líder político mais pró-aborto do mundo, no começo do século 21, porque esta apresentação de evidência fraudulenta que pretendia demonstrar que os humanos descendiam de organismos unicelulares pelo processo natural da evolução e que passamos pelos estágios da evolução no ventre da nossa mãe, esta foi a coisa essencial que deu justificação pseudocientífica aos inimigos da vida e da igreja e de Deus, quando eles quiseram legalizar o aborto e contracetivos abortivos, porque agora eles podiam dizer, “Olhem, vocês católicos, até os vossos intelectuais mais inteligentes como o padre Sahm, como o padre Rahner, reconhecem que a evolução é um facto. Como é que vocês pessoal, podem ser tão estúpidos e pensar que o que está apenas no estágio de peixe, ou no estágio de réptil, merece todos os direitos e privilégios de um ser humano totalmente desenvolvido?”

E no entanto, apesar do facto de no último documento magisterial autorizado sobre o assunto da evolução, que foi a Encíclica Humani Generis do Papa Pio XII em 1950, apesar do facto de Pio XII não ter dado qualquer permissão aos católicos para acreditarem ou ensinarem a evolução, disse aos bispos, “Vós tendes que ensinar que tudo de Génesis 1 a 11 é verdade histórica e tendes que ensinar que toda a palavra na Bíblia é verdadeira, quer fale sobre ciência natural ou história ou fé ou moral.” Apesar de tudo isso, a única permissão que ele deu, a única exortação se quiser, foi a de examinar a evidência a favor e contra a hipótese da evolução. E nisso não foi obedecido. Porque em 1959, Sir Julian Huxley, o principal cientista defensor da evolução em todo o mundo, depois de 100 anos em que os evolucionistas estavam no controle da maioria das universidades e centros de pesquisa no mundo, ele estabeleceu que a embriologia era a prova mais contundente da evolução. E qual era a prova da embriologia? Eram os desenhos de Haeckel.

Bem, em 1994, o Michael Richardson publicou fotografias reais do embrião humano e dos embriões de outras espécies de criaturas mencionadas nos desenhos do Haeckel na revista “Scientific American.” E nós temos esses desenhos, essas fotografias, na série de DVDs e elas deixam muito claro que o embrião humano é totalmente distinto dos embriões das outras espécies de criaturas no mesmo estágio de desenvolvimento, mas a acrescentar, cada espécie de criatura é igualmente distinta no seu desenvolvimento embrionário das outras espécies de criaturas. Então aqui está um óptimo exemplo de como a ciência verdadeira  destrói totalmente este ídolo da evolução que foi o meio principal que foi usado por Ernst Haeckel e T.H. Huxley e outros, para convencer os intelectuais católicos que a evolução micróbio-homem estava tão solidamente fundamentada que simplesmente teríamos que a aceitar e, de alguma forma, acomodar os ensinamentos tradicionais da igreja, a este facto  da evolução moléculas-para-o-homem.

JHW: Uau! Custa a acreditar. Então, este é o mesmo tipo de coisa, só quero certificar-me de que os nossos espectadores sabem que na vossa série em DVD vocês cobrem todas as explicações na moda no momento, na verdade, muitos intelectuais católicos sentem orgulho pelo facto de existir um Monsenhor Lemaitre, um padre católico que ajudou a formular a teoria do big bang e agora até temos um programa chamado A Teoria do Big Bang e tudo o resto. Vocês abordam isso em Foundations Restored (Fundações Restauradas) não é?

HO: Absolutamente. Abordamos em detalhe, todos os argumentos principais e todos os conjuntos principais de evidências que são avançadas por todos os que reivindicam que a cosmologia do big bang está estabelecida como ciência, bem, não é verdade, e mostramos que as observações feitas por astrónomos não condizem com a teoria do big bang. Tudo o que observamos é consistente com o ensinamento tradicional da igreja sobre a Criação. E um ponto muito importante que é estabelecido no episódio sobre cosmologia pelo Dr. Wolfgang Schmidt, que fez um trabalho espantoso como filósofo de ciência, ao expor os fundamentos filosóficos podres desta visão cartesiana-darwiniana do mundo.   

A terra está no ou perto do centro do universo
Um dos seus argumentos é que em décadas recentes a informação que os astrónomos têm sido capazes de obter, não apenas através dos telescópios mas também das sondas espaciais sofisticadas que têm sido enviadas para o espaço profundo, tem-nos dado provas absolutamente esmagadoras de que a terra, longe de ser como Carl Sagan gostaria que acreditássemos, uma partícula de poeira num canto remoto do universo, está de facto numa posição muito favorável no ou muito perto do centro do universo.
E isto é extremamente importante para a comunidade pró-vida porque,  quer tenhamos realmente pensado nisto ou não, a razão principal das pessoas procurarem a morte para as suas crianças não nascidas, para os seus inimigos, para elas próprias, é porque não acreditam que a sua vida tenha valor, não acreditam que as vidas de outros seres humanos tenham valor, elas não acreditam que existe um Deus que se preocupa com elas. Bem, um dos maiores contributos para esta depressão diabólica e falta de esperança que está a tomar conta do mundo é esta ideia que nos é enfiada na cabeça, e tenho pena de dizer quase tanto nas escolas católicas como nas seculares, que nós estamos, de facto, sentados num grão de poeira num canto remoto de um vasto universo e que somos uma espécie de acidente ou um vestígio de 13,7 mil milhões de anos de evolução cósmica.

Quer alguém reflita nisto ou não, esta é uma maneira muito deprimente de olharmos para nós próprios e é completamente falsa! E o Dr. Schmidt mostra que a evidência empírica é agora tão grande ao ponto de ser simplesmente inegável que a terra esteja no ou perto do centro do universo inteiro, e existem muitos e muitos conjuntos de evidências, explosões de raios gama, quasares, galáxias, estrelas binárias, regiões com temperaturas altas e baixas no espaço, todas estas coisas são, acredite-se ou não, alinhadas em relação à terra e ao plano da terra e do sol. Isto não é exagero, isto é um facto científico indiscutível e este é apenas um dos muitos, muitos tesouros, dos quais os espectadores podem tirar partido nesta série de DVDs, que os reafirmará na verdade, de que somos a menina dos olhos de Deus! Este é o único lugar onde Deus se tornou homem! Este é o único lugar onde a mãe de Deus deu à luz o Filho de Deus. Você tem um valor infinito aos olhos de Deus, assim como todos os seus irmãos e irmãs humanos, em qualquer estágio de desenvolvimento que estejam.

JHW: Agora, você mencionou algo muito interessante, porque penso que muitas das pessoas que tenham, até mesmo cientistas, que tenham detetado as falsificações e os disparates talvez estejam dispostas a admitir, “Está bem, talvez esta evolução molécula-para-o-homem não seja kosher” mas, muito poucos estarão dispostos a aceitar a noção de que o universo não existe há milhares de milhões de anos, que os dinossauros foram extintos há 65 milhares de milhões de anos atrás. Como é que os cientistas que fazem parte da “Fundações Restauradas” tratam estes tópicos?

HO: Com certeza, bem, a primeira coisa que temos que fazer, e fazemo-lo na série de DVDs, é mostrar como é que a ideia de longas eras se tornou aceite. Porque, a pessoa comum fica com a impressão, assim como eu, apesar de supostamente ter sido educado em instituições excelentes, era-nos dada a impressão de que a conclusão da terra e do universo terem milhares de milhões de anos é alguma espécie de conclusão evidente derivada da ciência empírica. Não é esse o caso!

Lyell e Hutton
Como documentamos na série de DVDs, a atual sequência de eventos foi: primeiro houve a revolução filosófica onde Descartes e Immanuel Kant e os ditos filósofos do século da luz simplesmente assumiram que podíamos explicar tudo através dos mesmos processos naturais que existem hoje e então com esse pressuposto, porque não é uma conclusão evidente de nada que possa ser observado na natureza, desse pressuposto Charles Lyell e James Hutton e os seus discípulos revolucionaram a nova ciência da geologia porque disseram, “Bem, se tudo é igual, se tudo tem sido igual desde o princípio então, obviamente nunca existiu nada parecido com um Dilúvio global, isso deve ser apenas uma fábula, então temos que ser capazes de explicar tudo o que vemos nas rochas por toda a terra, da mesma forma que os processos graduais e localizados que vemos hoje em dia.”

E então, claro, quando olharam para as grandes formações de rochas sedimentares, como o Grand Canyon, concluíram que estas coisas deveriam ter levado enormes períodos de tempo para se formar, mas isso não foi o resultado de qualquer pesquisa empírica. Eles não tinham nenhumas instalações para conduzir pesquisas empíricas no campo da sedimentologia, e mostramos na série de DVDs que desde que os cientistas desenvolveram esse tipo de instalações, fomos capazes de mostrar empiricamente, que Lyell e Hutton não tinham um entendimento adequado de como os sedimentos são depositados no mundo real, e que quando aplicamos as descobertas que fizemos da pesquisa empírica atual, no campo da sedimentologia, é fácil de explicar as enormes formações sedimentares rochosas à volta da terra, como o Grand Canyon, como tendo sido formadas muito, muito rapidamente no, ou como consequência de um Dilúvio global, e essa é uma explicação bastante melhor e bastante mais completa para o que vemos, do que a geologia lyelliana.

Mas o que é que aconteceu? O Lyell era muito bom vendedor das suas ideias, o Darwin tomou-as em consideração, e tornaram-se convencionais. E então, sem qualquer tipo de prova de que a terra tinha milhares de milhões de anos de idade, simplesmente assumiu-se que se era necessário estes longos períodos de tempo para estabelecer as rochas sedimentares por toda a terra, bem, então, obviamente a terra teria que ser muito antiga e então tudo o resto no universo teria que ser ainda mais antigo que isso.

Datação radiométrica
Só nessa altura foi inventada a ciência de medição radiométrica, mesmo no fim do século 19. E então, nessa altura, todos os resultados de medição radiométrica foram feitos à medida desta estrutura geológica que tinha sido praticamente construída a partir de especulações, antes do final do século 19, e tudo o mais que foi tomado em consideração, em termos de pesquisa empírica, foi enquadrado à força nesta estrutura desenvolvida por Darwin e Lyell e seus discípulos no século 19.

Então, essa é a primeira coisa que todos têm que compreender. Ora, quando se entende isto, então torna-se muito mais fácil reconhecer que a datação radiométrica, que é o meio principal usado para supostamente provar além de qualquer dúvida que a terra tem 4,5 milhares de milhões de anos, e que o universo tem 13,7 ou 13,8 milhares de milhões de anos, juntamente com outras observações de desvio para o vermelho das estrelas, que são interpretados de maneira específica, o que as pessoas precisam compreender é que todos estes métodos de medição radiométrica que são usados para se chegar a idades de centenas de milhões ou milhares de milhões, não são observações simples, elas são baseadas em várias suposições carentes de prova e, de facto, bastante insensatas e quando essas suposições são examinadas e consideradas irracionais, torna-se possível ver que é de facto muito mais razoável explicar tudo o que vemos em termos da cronologia derivada das Escrituras Sagradas, que é a cronologia aceite por todos os pais da igreja, doutores, papas, e pais conciliares, até muito recentemente, em completa oposição aos intelectuais pagãos da era patrística, a maioria dos quais acreditavam em algo parecido com a evolução durante muitas eras e tinham várias ideias acerca de milhões e milhares de milhões de anos se terem desenrolado no passado.

Carbono 14
Um dos grandes exemplos, no entanto, que damos ênfase na série de DVDs, é que o método mais fiável de datação radiométrica que temos é, de facto, o carbono-14 porque o carbono está presente em todas as coisas vivas, e o carbono-14, que é um isótopo radioactivo do carbono, tem uma vida meia-vida muito curta, o que significa que se deteriora muito rapidamente de volta para nitrogénio-14 e portanto, Libby, que ganhou o Prémio Nobel por desenvolver o método de datação do carbono-14, percebeu que podia com efeito, retirar objetos de artefactos com idade conhecida a partir de registos históricos como, por exemplo, um pedaço de madeira do sarcófago de uma múmia egípcia, e ao medir a quantidade de carbono-14 nessa amostra e a proporção entre o carbono-14 e o carbono-12, que podia de facto fazer uma estimativa realista de quando esse objeto em particular tinha morrido, digamos, se fosse uma árvore de onde a madeira tinha sido extraída.

Ora, a coisa interessante é, porque o carbono-14 tem uma meia-vida tão curta, depois de 50 a 100.000 anos, não existirá um único átomo de carbono-14 nos restos de qualquer planta, animal, ou ser humano. E portanto, se a história da evolução é verdadeira, então praticamente tudo na chamada coluna geológica deveria estar completamente desprovido de carbono-14, não deveria existir um único átomo de carbono-14 nos restos de qualquer planta, animal ou ser humano que tenham mais de 100.000 anos de idade.

Mas o que é que um bom cientista faz? Simplesmente aceita que esta é a sabedoria convencional ou conduz testes? O bom cientista irá conduzir testes e confirmará a sabedoria convencional, e tenta falsificá-la. E isto foi exatamente o que uma equipa de cientistas ligados ao Centro Kolbe fez. Durante os últimos 20 anos, e nós relatamos isto em detalhe na série de DVDs, eles têm recolhido ossos de dinossauros em muitos locais diferentes, têm enviado pedaços destes ossos de dinossauro para laboratórios de nível mundial onde têm um aparelho chamado espectrómetro de massa com acelerador que consegue contar o número de átomos de carbono-14 e carbono-12 numa amostra e nós temos sido capazes de demonstrar que cada um destes ossos de dinossauro contém quantidades substanciais de carbono-14, que prova que estes dinossauros viveram há milhares de anos e não se extinguiram há 65 milhares de milhões de anos atrás como todos fomos ensinados na escola e de facto, mostramos a seguir na série de DVDs, que a literatura científica está cheia, e estou a falar de artigos científicos revistos por pares, está cheia de relatórios credíveis do carbono-14 ter sido encontrado nos restos mortais de plantas e animais em cada nível da chamada coluna geológica, mesmo em coisas que supostamente existiram há centenas de milhões de anos.

E o que é que isto nos diz? Diz-nos que todos os restos mortais destas plantas e animais têm de facto apenas milhares de anos e foram todos depositados mais ou menos ao mesmo tempo. E isso, claro, é 100% consistente com a história sagrada do Génesis, que nos diz que a terra inteira foi inundada durante o Dilúvio de Noé, e isto explica porque é que encontramos o registro fóssil que encontramos e abordamos isso em grande detalhe noutro episódio onde nos concentramos nas evidências de um Dilúvio global.

JHW: Então, agora que tivemos, você sabe, poderíamos ter feito muita pesquisa sobre questões como o que terá acontecido aos dinossauros, mas as pessoas têm estado tão obsessas com a falsa ciência da evolução que disseram, “Oh, isso aconteceu há 65 milhões de anos e tudo o mais.” O que é que aconteceu realmente aos dinossauros, baseado no que as vossas pesquisas mostraram?

Dilúvio e os dinossauros
HO: Bem, nós sabemos que no tempo de Noé, Deus milagrosamente encaminhou para ele representantes de cada tipo de animal terrestre, o que terá incluído cada tipo de dinossauro, no entanto, é importante reconhecer que o tamanho médio de um dinossauro era cerca de apenas o de uma vaca. Os grandes dinossauros do tipo do brachiosaurus eram a exceção e não a regra, e certamente com esse tipo de dinossauro, Noé terá levado jovens, ele não teria levado um grande, enorme T-Rex ou brachiosaurus a bordo da arca, se bem que havia muito espaço, o equivalente ao espaço de 300 vagões de transporte, para os animais e a sua comida e água na arca.

E então, a vasta maioria dos dinossauros foram de facto afogados nas águas e sedimentos do Dilúvio de Noé. E isto está completamente de acordo com o que os paleontólogos observam no terreno porque, a maioria dos cemitérios de dinossauros consiste de ossos desarticulados de dinossauros misturados com ossos de criaturas marinhas e quando esqueletos intactos de dinossauros são encontrados, são geralmente encontrados numa postura em que estão aflitos por ar porque estão a afogar-se nestes sedimentos das águas diluvianas que sobem. Também encontramos muitos exemplos característicos nos registos fosseis, tais como pegadas de dinossauros a um nível e depois, acima dessas pegadas encontramos os ossos, em muitos casos desarticulados e misturados com os restos de criaturas marinhas.

Bem, que tipo de inundação local irá ser capaz de misturar os ossos de dinossauros que vivem em terra com criaturas marinhas? Obviamente não existe nada disso a acontecer hoje em dia, e nunca existiu nada disso exceto aquando do Dilúvio de Noé e no entanto, encontramos vestígios disto no mundo inteiro. Ora, os dinossauros que saíram da arca, quando a arca pousou, foram igualmente confrontados com um ambiente muito mais adverso do que existia no mundo pré-diluviano e esses dinossauros que eram mais agressivos, se bem que não com os humanos mas com o seu gado, eram vistos como uma ameaça, e é por isto que em comunidades em todo o mundo, temos tradições, que são geralmente chamadas de lendas, de heróis, tais como o Beowulf por exemplo, que lutou com criaturas que são descritas exatamente como os dinossauros, e eram justamente considerados heróis porque estas criaturas, as que se assemelhavam à ordem dos T-Rex, eram sem dúvida uma séria ameaça para, para a sociedade e então, entre as condições ambientais difíceis que os dinossauros tinham que enfrentar depois de saírem da arca, porque o Dilúvio foi imediatamente seguido por uma era glaciar, e digo, uma era glaciar porque houve apenas uma era glaciar que durou talvez 500 a 700 anos. Obviamente houve algumas variações na temperatura e glaciação durante essa única era glacial, mas não existiram estas múltiplas eras glaciares que nos ensinaram que tinham acontecido quando estávamos na escola e esses dinossauros que conseguiam sobreviver as condições ambientais difíceis e eram algum tipo de ameaça para os humanos e o seu gado eram abatidos.

E se ler o poema Beowulf, Grendel combina perfeitamente com a descrição de alguns dos tipos de dinossauros T-Rex, de facto, Beowulf mata Grendel porque ele é capaz de se aproximar dela e arrancar um dos seus pequenos braços para que ela se esvaia em sangue até morrer e, isto não são fantasias, o Beowulf está a narrar acerca de povos históricos e, em todo o mundo, encontramos desenhos muitos precisos, esculturas, mosaicos, pinturas rupestres de todo o tipo de dinossauros e esta é evidência muito clara de que os seres humanos, depois do Dilúvio, terão vivido e encontrado estas criaturas.

Ora, o Carl Sagan foi honesto o suficiente para admitir que existiam todo o tipo de desenhos e esculturas e outros artefactos que descreviam realisticamente os diferentes tipos de dinossauros, mas sendo um evolucionista totalmente dogmático, a sua explicação para isso foi a de que temos uma memória genética de quando vivemos na era dos répteis e é por isso que os humanos em todo o mundo foram  capazes de produzir estes desenhos e esculturas e pinturas rupestres muito precisas dos diferentes tipos de dinossauros. Mas isso não me soa a uma explicação muito científica e de facto, se esse tivesse sido o caso, então seria de esperar que as pessoas que viveram nos anos 1600, quando muitos eram letrados, teriam, alguns deles pelo menos, se levantado a meio da noite com o sonho de serem perseguidos por um T-Rex nas ruas de Londres ou Paris, mas não lemos nada acerca disso na literatura do mundo Ocidental, até que o primeiro paleontólogo amador começou a escavar esqueletos de dinossauros e a montá-los, e só nessa altura o nome dinossauro entrou no idioma inglês. Antes disso, a palavra que era usada no mundo anglófono para descrever os dinossauros era “dragão”.

Dinossauros sobreviventes?
E, se ler alguns dos antigos relatos de dragões, você não vai ter dúvidas que uma quantidade deles está definitivamente a falar de algum tipo de dinossauro, ora, nós não entramos nesta questão na série de DVDs mas é muito possível que mesmo hoje, em certas áreas remotas do mundo, ainda existam dinossauros que tenham conseguido sobreviver porque estão em ambientes extremamente remotos e não têm muito contacto com seres humanos, provavelmente o candidato mais provável que conheço está na Nova Guiné, tenho um amigo que é um irmão religioso, o seu tio é um piloto que transporta pessoas, missionários, professores, cientistas, médicos, profissionais da saúde, para localidades remotas na Nova Guiné e ele diz-me que existem testemunhas muito competentes, confiáveis, honestas, que deram o seu testemunho lúcido de terem visto um pterodáctilo, uma espécie de dinossauro voador e estas descrições que são feitas concordam entre si e também estão de acordo com as descrições que são dadas pelos indígenas. Então, talvez, com o apoio da Nossa Senhora, alguns jovens católicos com espírito de aventura, se desloquem à Nova Guiné e se tornem nos primeiros a filmar um destes dinossauros sobreviventes e coloquem outro prego no caixão da mitologia da evolução das moléculas-para-o-homem, mas a resposta resumida para a sua pergunta é que todos os dinossauros que não se encontravam na arca afogaram-se no Dilúvio ou nos sedimentos do Dilúvio, os que sobreviveram tiveram que lidar com condições ambientais muito adversas e, ou morreram ou foram abatidos, e os poucos que talvez ainda sobrevivam em locais remotos como Nova Guiné ou no Congo, estão em locais extremamente remotos onde tem sido difícil de obter qualquer prova definitiva em formato vídeo ou outro, de que ainda existem.

Perigo para a igreja
JHW: Uau. Fascinante. Então, existe muita coisa na sua série de DVDs, agora, queria apenas tocar num outro assunto antes de terminarmos e é acerca das principais preocupações, quero dizer, há aqui todo o tipo de preocupações, mas qual é a preocupação para a igreja?

HO: Sim, o papa que realmente viu o perigo que, que se colocava com esta hipótese evolucionária das moléculas-para-o-homem, muito claramente, foi o Papa São Pio X e na sua Encíclica Pascendi em 1907, ele anunciou que nós agora tínhamos, na igreja, a pior heresia na história da cristandade: o modernismo. Mas nessa mesma encíclica, ele diz que a evolução é, por assim dizer, a doutrina principal dos modernistas. Isto é muito importante que se compreenda: porque é que o modernismo é a pior heresia? E porque é que a evolução é a sua principal doutrina? Se não compreendermos isto, não podemos compreender o que se está a passar na igreja no mundo de hoje.

O modernismo é a pior heresia porque todas as outras heresias na história da igreja acrescentaram algo, subtraíram algo, distorceram algo ou algumas coisas, mas deixaram a maioria da fé intacta. O modernismo não faz isso. Porquê? Porque sendo a evolução, tal como disse o Papa Pio X, a doutrina principal dos modernistas, o modernismo é baseado na ideia de que tudo está a evoluir, não existem naturezas estáveis, tudo está em estado de fluxo. E, portanto, São Pio X viu que se os modernistas ganharem o controle, acabarão por destruir tudo porque vão dizer que a liturgia que era boa para os nossos antepassados, já não é adequada para nós porque evoluímos para uma nova situação. A lei do casamento, a doutrina moral que era apropriada há 500 anos atrás, JÁ NÃO É ADEQUADA porque evoluímos para uma nova situação e ele viu que com este tipo de pensamento modernista baseado na evolução, nada seria deixado intacto.

E isto é exatamente o que estamos a ver. Em que é que pessoas, como o Padre James Martin, se fundamentam quando vão por esse mundo a dizer-nos que a igreja tem que mudar os seus ensinamentos sobre a sodomia? Ele sempre baseia as suas palestras no, entre aspas, FACTO da evolução, que evoluímos e que a igreja já teve que mudar os seus ensinamentos, ele afirma por exemplo, sobre a usura, o que é falso, a igreja nunca mudou os seus ensinamentos sobre a usura, se for bem compreendido são exatamente os mesmos que eram na idade média, mas ele consegue safar-se com esta promoção de algo que é diabólico porque ele assume que toda a gente aceita, sem qualquer argumento, que a evolução é um facto, tudo está em evolução e, portanto, as doutrinas da igreja têm que evoluir com tudo o resto. Ora, o pior efeito disto todavia, não é que a liturgia e o catecismo e a evangelização estão a ser corrompidas, se bem que isso seja terrível. A pior consequência disto é que o carácter de Deus está a ser distorcido, está a ser contestado porque, SE fosse verdade que Deus tivesse usado um processo de centenas de milhões de anos de evolução para evoluir um organismo unicelular e transformá-lo num corpo adequado para receber uma alma humana, então isso significaria que Deus é o autor de milhões de anos de morte e deformações e doenças e extinções, ANTES do pecado original de Adão.

E isso também significaria que Deus permitiu à Sua igreja, ensinar um relato completamente falso das origens do homem e do universo e da história primitiva da humanidade, durante 1.900 anos, e depois iluminou-nos, não levantando santos e estudiosos de DENTRO da igreja Católica para nos dizer a verdade, mas em vez disso, aparentemente, Deus usou pessoas ateias como Charles Lyell e Ernst Haeckel e T.H. Huxley, que ODIAVAM a igreja e queriam destruí-la, e teve que as usar a elas para nos iluminar a nós, para que os nossos líderes religiosos pudessem finalmente compreender como Deus realmente criou o mundo.

Bem, isto é blasfémia! E a consequência mais terrível desta blasfémia é que muito poucos jovens católicos são capazes de compreender corretamente o carácter de Deus e estão a abandonar a igreja aos milhões porque esta apresentação da fé é totalmente incoerente, não faz qualquer sentido. Que jovem no seu perfeito juízo permaneceria na igreja Católica, se a igreja Católica ensinasse uma narrativa das origens do homem e do universo durante 1.900 anos, com um alto nível de autoridade, que no final se vem a verificar que é completamente errada e que os que de facto esclareceram a igreja, são cientistas ateus? Os jovens não são estúpidos! Eles vão pensar, “Bem, então são os cientistas ateus que sabem do que estão a falar, então, porque não simplesmente segui-los, porque assim pode-se fazer o que se quiser porque não temos que prestar contas a ninguém e não temos que estar preocupados em seguir nenhuma destas pesadas regras e ensinamentos da igreja Católica?”

A boa notícia é que descobrimos que quando aos jovens lhes é dada uma boa defesa em relação à doutrina tradicional católica da Criação, e lhes é mostrada que a filosofia e a ciência sólidas confirmam o que a igreja sempre ensinou acerca da Criação e a história primitiva do mundo, esses jovens crescem com uma fé forte, eles não sucumbem às tentações e pressões da anti-cultura da morte, e tornam-se líderes fortes, líderes pró-vida fortes, como padres, religiosos, como líderes de santas famílias católicas, então, a realidade é, com a sua ajuda podemos reverter as coisas muito rapidamente! Agora mesmo em África, temos bispos que querem que vamos lá e apresentemos esta verdade perante dioceses inteiras!

JHW: Isso é fantástico.
HO: Porque eles veem o que aconteceu aos jovens no mundo ocidental e não querem que a mesma coisa aconteça aos seus jovens!
JHW: Absolutamente.
HO: Então eles estão a convidar-nos para ir e treinar todos os seus professores, para que a sua juventude possa receber a verdade e possa compreender que a boa teologia, a boa filosofia e a boa ciência natural confirmam a verdade da história sagrada do Génesis e a doutrina tradicional da Criação, que é a fundação da nossa sagrada fé católica.

JHW: Sem dúvida. Bem, isso é fantástico. Hugh, quero agradecer-lhe deveras por ter estado connosco neste episódio do programa “The John-Henry Westen.” Vamos colocar os atalhos para o “Centro Kolbe” e a sua “Foundations Restored,” onde todos poderão obter esta série de DVDs, que é muito importante obter, em baixo nos atalhos, no blog na “LifeSite e, Hugh, quero agradecer-lhe novamente por ter estado connosco com esta apresentação absolutamente fascinante. Que Deus o abençoe e que Deus vos abençoe a todos também. Até à próxima.

Creation v. Evolution: Science and the Catholicism agree on the winner  
https://www.youtube.com/watch?time_continue=3830&v=Gt-E6kgAkfI&feature=emb_logo

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