De acordo com as últimas investigações de Bruegel, os países europeus desembolsaram mais de 700 mil milhões de libras (792 mil milhões de euros) para proteger as empresas e as famílias do aumento dos preços do gás desde o início da crise energética.
O grupo de reflexão calculou que, desde Setembro de 2021, a UE já destinou ou gastou 681 mil milhões de euros em despesas com a crise energética, enquanto que o Reino Unido atribuiu 103 mil milhões de euros e a Noruega pouco mais de 8 mil milhões de euros.
A Alemanha foi de longe o maior gastador, tendo gasto quase 270 mil milhões de euros desde Setembro de 2021.
Os números assinalam um aumento acentuado desde o último relatório há três meses atrás, quando Bruegel calculou um total de 706 mil milhões de euros, à medida que os países se depararam com um Inverno desafiante com a Rússia cortando o fornecimento de gás à Europa no ano passado.
A Rússia reduziu significativamente os fluxos do gasoduto Nord Stream 1 e suspendeu os fluxos para vários países.
Bruegel exortou os governos a orientarem-se para um apoio mais direccionado, dando prioridade a níveis de rendimento mais baixos à medida que os países começam a ficar sem espaço fiscal para manter um financiamento tão amplo.
O financiamento tem-se concentrado principalmente em medidas não direccionadas, tais como cortes no IVA sobre a gasolina ou limites de preços da energia a retalho.
No entanto, o grupo de reflexão argumentou que a dinâmica teria de mudar durante os próximos meses.
City A.M – 13 fev 2023