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Salmão norueguês de aquicultura – um dos alimentos mais tóxicos do planeta

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Pesticidas que se concentram na carne do peixe e nas águas do rio Mekong, ração seca que faz o peixe-panga crescer duas vezes mais rápido do que com a alimentação natural. E um número recorde de peixes concentrados nos viveiros. Estas condições de cultivo põem a saúde dos consumidores em risco. Aqui, no Vietname, é onde termina a minha investigação porque não se realizaram estudos científicos independentes relativamente ao assunto.

Noruega

Para encontrar a resposta, regresso a um país que levou ainda mais longe o uso de químicos e técnicas industriais de cultivo. Na Noruega, a piscicultura é uma indústria que rende 4 mil milhões de euros anuais. É o segundo maior recurso do país, logo a seguir ao petróleo. Setenta por cento do salmão consumido em França provém destas explorações piscícolas que estão diretamente emergidas nas águas dos fiordes. Mas neste mundo secreto e opaco, os jornalistas não são bem-vindos. Um não piscicultor aceitou receber-nos.

Kurt Oddekalv

Mais uma vez, encontro Kurt Oddekalv, o ativista que luta contra os métodos usados pelos piscicultores noruegueses. Para desvendar os segredos dos piscicultores, a organização dele empregou métodos dignos de um filme de espionagem. É com este barco e com o robô subaquático que avalia as águas dos fiordes.
KO: É só bactérias. Estão nas bolhas. Esta camada está cheia de resíduos.

Debaixo das explorações, há montanhas de sedimentos de 15 metros de altura, onde há uma mistura de restos alimentares e químicos que são derramados diariamente nas explorações.

KO: Está espantosamente poluído. O que é isto? São as toxinas borrifadas no peixe para matar o piolho e contém os próprios excrementos do peixe. O fundo do mar está completamente destruído. É uma fábrica de gases, é emitido todo o tipo de metano… Os pesticidas são os mesmos que eram usados na Primeira Guerra Mundial para matar as pessoas. Eles estão protegidos. Têm luvas, têm tudo para…

O principal problema para os piscicultores noruegueses é este parasita: piolho do mar. Hospeda-se na carne do peixe e pode matá-lo. De forma a ser resistente a todos os tratamentos, obriga os piscicultores a usar pesticidas cada vez mais potentes. Estas condições de cultivo causam consequências assustadoras no peixe, como neste bacalhau, deformado devido às mutações genéticas.
KO: É um bacalhau que fugiu de uma exploração piscícola, de uma exploração de bacalhau. Quase 50% do bacalhau nasce assim, não consegue fechar a boca, é um defeito genético. São precisas oito gerações para erradicar isto. – Compreende? – Sim. A fêmea do bacalhau deste tipo é conhecida por emprenhar com um macho bacalhau selvagem. Têm belas “caras”. Não precisamos de criaturas assim. Se cortarmos a cabeça, não se vê.

O salmão sofre transformações menos visíveis, mas igualmente perturbadoras.
KO: O rabo é muito mais pequeno, costuma ter o rabo maior, com os cantos mais aguçados, e a pele não cobre as guelras. É muito normal.
O que encontramos dentro do peixe é ainda pior.
Um peixe típico? Não é. Está a ver isto? É um salmão fresco. Está a ver como está a partir-se? Este peixe não é bom. Não devia partir-se desta maneira. O salmão selvagem contém entre 5 a 7% de gordura, este contém entre 14,5 a 34% de gordura. Compreende? Como as toxinas se alojam na gordura, este é o alimento mais tóxico do mundo.

Jérôme Ruzzin

Como este peixe tem mais gordura, a carne dos peixes de viveiro absorve níveis mais altos de resíduos químicos. As observações de Kurt Oddekalv foram confirmadas por um estudo de um investigador francês. Jérôme Ruzzin trabalha na Universidade de Bergen, na Noruega. Ele mediu a concentração de químicos tóxicos presentes em diversos produtos alimentares. Os resultados obtidos são esclarecedores.
JR: As cores diferentes representam poluentes diferentes. Aqui, temos vários produtos alimentares. Hambúrguer, leite gordo, ovos, maçãs, batatas, bacalhau e salmão de viveiro.
É incrível! Podemos constatar com a tabela que o peixe de viveiro tem níveis muito mais altos do que os outros produtos. Em comparação com outros produtos, podemos constatar claramente que o salmão de viveiro contém muito mais poluentes. Os valores estão bem à sua frente.

O peixe de viveiro é cinco vezes mais tóxico do que os outros produtos à venda nos supermercados. Para Jérôme Ruzzin, a conclusão é óbvia.

  • Ainda come peixe de viveiro?
  • Não. Não, não como. Deixou de comer após estes estudos? Sim. Temos de evitar a exposição a estes poluentes. Estamos expostos ao ingeri-los. Isso é óbvio.

Não tem apenas que ver com a medição dos poluentes, mas também com a avaliação dos seus efeitos nestes ratos de laboratório. Aqui, temos um grupo de ensaio que usámos como grupo de controlo no qual os ratos comeram uma dieta de laboratório padrão e testámo-los. Depois, tivemos outro grupo de ensaio que comeu a mesma comida, só que acrescentámos salmão de viveiro. Com o grupo alimentado com salmão de viveiro, ele obteve resultados inquietantes. O que temos aqui é adipose ou tecido gordo no abdómen. Se olharmos para o que comeu salmão de viveiro, é impressionante. O consumo de peixe de viveiro tornou-os obesos e diabéticos.
JR: Se os organismos forem expostos a poluentes diferentes, alguns destes poluentes vão fazer com que o organismo acumule mais gordura. Foi formulada uma teoria que correlaciona a obesidade como uma consequência de todos os poluentes que encontramos no ambiente.

Jérôme Ruzzin faz mais uma revelação. Segundo a sua pesquisa, o que torna a carne do salmão mais tóxica não é o pesticida usado nos viveiros, mas sim a ração seca que é dada aos peixes.
JR: Os poluentes provêm principalmente da dieta dada ao salmão. Que poluentes são esses? Há dióxidos, PCB, dieldrina, aldrina, toxafeno, todos estes compostos químicos. Como é que estão contidos na ração? Tem de perguntar aos fabricantes da ração. O que é certo é que os efeitos poderão ser colossais. E é aí que reside o perigo.

A ração é mais perigosa do que os pesticidas e os antibióticos. De que é feita e por que razão é tão tóxica?

Mar Báltico

O pequeno porto de Thyboron, na zona ocidental da Dinamarca. Aqui, os barcos de pesca não abastecem os mercados de peixe ou os supermercados. Esta fábrica produz ração para peixes. Fin Nielsen é o encarregado da fábrica. Aqui está a sua especialidade. Este é o nosso produto. Ração para peixe. A ração é feita da carne de peixe acabado de apanhar. Neste dia, uma carga de enguias de areia foi sugada diretamente para o orifício do barco através deste tubo que as leva até às salas de processamento. Porque usam estas enguias para a ração? Porque são peixes gordurosos, contêm proteína e muito óleo. O que lhe interessa são os peixes gordurosos. Na fábrica dele, 20% provêm do Mar Báltico, e é aí que começa o problema.

O Báltico é um dos mares mais poluídos do mundo e, algumas das espécies que pescam lá, tornaram-se tóxicas, contaminando a ração bem como toda a cadeia alimentar. Na Suécia, tenho um encontro com Jan Isakson, um ativista da Greenpeace. Ele levou-me a uma peixaria para comprar peixe apanhado na região. Olá. Gostaria de comprar arenque e salmão, por favor. Antes de nos vender o peixe, a peixeira vai dizer algo surpreendente. Alertou-nos para o seu próprio produto. Não é muito grande. Isto é o que trazem. Deve ter cuidado. As pessoas estão ao corrente, comem-no uma vez por semana, no máximo. O mesmo acontece com as enguias. As grávidas não devem comer peixe do Mar Báltico. Se ela alerta para esta situação, é graças ao trabalho de Jan e do Governo sueco, que advertiram a população para não comer peixe do Báltico, principalmente peixes gordurosos como salmão ou arenque.
JI: O peixe contém níveis altos de dioxinas e é um dos poluentes mais fortes e tóxicos que conhecemos atualmente. E níveis muito baixos de dioxinas podem ter efeitos secundários no nosso sistema hormonal e podem causar cancro.

Para encontrar a fonte desta poluição, não temos de procurar muito longe. Vamos tentar a estrada secundária… A uma hora de carro nos arredores de Estocolmo, deparamo-nos com esta fábrica de produtos químicos que transforma árvores suecas em papel. As fábricas de papel como esta são, historicamente, uma das principais fontes de poluição por dioxinas. É normal encontrá-las aqui em grandes concentrações. Os químicos suecos não são os únicos responsáveis pela poluição. Em torno do Mar Báltico, nove países altamente industrializados, incluindo a Alemanha e a Rússia, despejam os resíduos químicos. Um mar quase fechado, cujas águas não são renovadas há 30 anos. Os químicos estão concentrados aqui e são absorvidos pelos peixes.
JI: Os poluentes colam-se à gordura corporal e é por isso que o salmão e o arenque estão muito mais vulneráveis a estes poluentes, pelo facto de terem uma carne muito gordurosa, e nós gostamos por causa do Ómega 3, mas, ao mesmo tempo, absorvem muitos destes poluentes tóxicos e perigosos.

Os químicos sobem na cadeia alimentar. Quanto mais gorduroso for o peixe, mais poluentes são absorvidos pela carne. Alguns como pesticidas ou PCB nunca são eliminados e são chamados de poluentes orgânicos persistentes. Ao subirem na cadeia alimentar, concentram-se cada vez mais nos tecidos adiposos. No final da cadeia, um quilo de atum ou de salmão é muito mais tóxico do que um quilo de peixes pequenos.

Por conseguinte, alguns peixes gordurosos do Mar Báltico já não são adequados ao consumo. Portanto, são mais difíceis de encontrar no prato do consumidor. Por isso, são muito procurados no mercado para a produção de ração para peixe, e é aí que a toxicidade se acumula. De volta a Thyboron, à fábrica de ração para peixe. Para processar o peixe gorduroso, Fin Nielsen cozinha-os nestes grandes fornos. No final da linha, ele obtém dois produtos muito diferentes. Em primeiro, proteína em pó e, em segundo, óleo de peixe. Estes dois ingredientes são usados para criar o produto final e cada um à sua maneira contribuirá para a contaminação da ração. Comecemos pelo óleo. Ao se concentrar nas partes adiposas, acelera a acumulação de poluentes. É por isso que o peixe de viveiro é mais suscetível do que o peixe selvagem.

Etoxiquina

Por sua vez, o pó de proteína representa outro problema pior. É no fim da linha que o encontro, neste grande contentor de químicos. ANTIOXIDANTE O antioxidante é misturado aqui no pó de proteína. Chama-se etoxiquina. A etoxiquina é um produto que Fin Nielsen usa muito, mas, aparentemente, não sabe nada sobre ela. É usada para quê? O que acontece se não for usada? Não sei o que é. Só sei que tenho de adicioná-la. Porque é usado este químico misterioso? E representa uma ameaça aos consumidores? Esta é a história de um dos segredos mais bem guardados da indústria de processamento de alimentos. À primeira vista, a etoxiquina não tem lugar numa fábrica alimentar. O produto foi registado em 1959 por Monsanto, a gigante empresa norte-americana de produtos químicos, na categoria de pesticida. Foi usado para tratar borracha bem como fruta e legumes. O seu uso é estritamente regulado e limitado. Que faz na ração para peixe?

A resposta está em Genebra, na Suíça, neste laboratório antifraude. Há dois anos, Patrick Eder e Didi Ortelli ficaram surpreendidos por terem encontrado etoxiquina na carne de peixe de viveiro em níveis extremamente altos, bem acima dos 50 microgramas por quilograma permitidos em produtos alimentares. O valor de referência é 50, por isso, estará a este nível e, vemos que nos nossos peixes, os valores são entre 10 a 20 vezes mais altos do que os normais, porque a concentração é entre 500 e 800, e até já foram encontrados quase mil microgramas por quilograma. É muito mais elevado do que o normal. É muito mais elevado do que o normal. Isso não acontece nos peixes selvagens. Tem lógica dado que não são alimentados com ração. Por outro lado, todos os peixes provenientes da indústria de aquacultura estão contaminados com etoxiquina. Antes deles, nunca ninguém havia pensado em encontrar etoxiquina em peixes. E por uma boa razão. O produto deve proteger fruta e legumes, mas os fabricantes de ração encontraram outro uso para ele. Na verdade, é colocada na ração para peixe para impedir que a gordura se torne rançosa e, assim, garante a qualidade da gordura. O problema é que os fabricantes de ração para peixe não informaram as autoridades de saúde quanto à mudança do seu uso. O resultado? Os níveis de etoxiquina são estritamente controlados na fruta e nos legumes e até na carne, mas não no peixe. É paradoxal que haja padrões impostos para gado e frango, mas não para peixe. Pior, há padrões impostos para cangurus, répteis, mas nenhuns para o peixe.

Patrick Eder fez uma descoberta ainda mais peculiar. Os efeitos da etoxiquina na saúde humana nunca foram avaliados pelo EFSA, a Agência Europeia de Segurança Alimentar. Muitas coisas não são contempladas, se analisarmos atentamente o relatório da EFSA, em termos da toxicidade a longo prazo e aspetos relacionados com cancro. Não foram submetidos estudos válidos em relação aos níveis de toxicidade na reprodução ou desenvolvimento fetal. Também não foram submetidos estudos válidos relativamente à neurotoxicidade. Afinal de contas, a EFSA nem conseguiu estabelecer um nível de ingestão diária aceitável, porque alega que não conseguiu calculá-lo devido a dados insuficientes. Se esta substância foi introduzida no mercado, não devia ter acontecido com base nestes estudos tão débeis.

Victoria Bone

Apenas um estudo sério foi publicado. Provém de uma investigadora norueguesa. Não encontrámos quase nada, exceto esta tese, que foi escrita na Noruega. Decidi tentar encontrar essa investigadora. Ela defendeu a sua tese em Bergen, na zona ocidental da Noruega, neste instituto público de investigação, o NIFES. Contudo, desde então, ela perdeu o emprego, por isso, encontrei-a em casa. Ao trabalhar com etoxiquina, de início, Victoria Bone descobriu que ninguém, nem mesmo o fabricante Monsanto, tinha ideia dos efeitos deste químico na saúde humana. Na verdade, ninguém perguntou se era um produto seguro. Partiram do princípio que não representaria um problema. – Mas não foi investigado. – Não. Isso é de loucos. Não se deve colocar algo nos alimentos sem investigação, certo? Sim. Após vários anos de trabalho, ela fez seis grandes descobertas sobre este produto, cada um mais perturbador do que o outro. Descobri que a etoxiquina tem o poder de atravessar a barreira hematoencefálica. Esta barreira tem uma função muito importante. Existe como um meio físico para proteger o cérebro de substâncias tóxicas. Nenhuma substância alheia ao corpo humano deveria poder atravessá-la. – Mas esta consegue atravessar? – Sim. – Então, é muito mau. – Sim. É muito mau. Claro. E esta descoberta deveria ter sido publicada o quanto antes. Na opinião dela, para além da contaminação cerebral, teria provavelmente efeitos carcinogénicos.

O problema é que, nos últimos anos, Victoria Bone não conseguiu publicar nenhum dos seus resultados numa revista científica. Porque não conseguiu? Quem não quer que publique? Porque já não sou funcionária do instituto, perdi o meu estatuto como investigadora e, de repente, perdi o direito de publicar a minha investigação científica. No final da tese e, apesar das suas muitas descobertas, Victoria Bone havia deixado, de facto, o instituto público de investigação oficialmente de forma voluntária. Mas, afinal, a realidade era diferente da versão oficial. Porque finalmente decidi que não queria mais lidar com esta questão. Porquê? Diz que tem seis publicações prontas, parece que tem vontade de publicá-las. Parece frustrada. Pode… Se não filmar, poderemos falar sobre isto e depois… Fora das câmaras, Victoria Bone confirma que fora pressionada e que houve até tentativas de falsificar alguns dos seus resultados. Na esperança de encontrar emprego e de, um dia, publicar a sua investigação, optou por não denunciar estas práticas nos meios de comunicação social.

Mas outros fizeram-no antes dela, pois ela não foi a primeira a ser forçada a sair. Em 2006, esta mulher, Claudette Bethune, também investigadora no NIFES, medira a presença de substâncias perigosas no salmão. Num jornal norueguês, acusara os superiores e a ministra das Pescas de a pressionarem e falsificarem as suas descobertas. “Oficialmente, saí por minha vontade, mas na realidade fui demitida.” Há quatro anos, o financiamento para a investigação à etoxiquina foi cortado pelo ministério norueguês das Pescas.

Lisbeth Berg-Hansen

Segundo Kurt Oddekalv, esta decisão pode ter sido tomada devido à pressão exercida pela própria ministra das Pescas. Ela também é a autora do sistema de segurança alimentar que controla as doenças dos peixes de viveiro. Ela controla as autoridades alimentares, controla tudo o que tem que ver com piscicultura, na Noruega, e ela usa o seu poder de uma má forma. Ela ordenou que se reduzissem os valores, que se reduzisse para metade, para o peixe ser vendido, para não perderem dinheiro e venderem o peixe. Eles vendem o peixe infetado e doente e isso nunca havia acontecido. Ela é a má da fita desta história. Para verificar estas acusações, decidi falar com esta ministra. Em Bruxelas, num corredor de uma exposição, tenho uma entrevista de cinco minutos marcada com ela. Mas o tempo que me concederá será muito mais curto.

  • As pessoas do NIFES dizem que tentam fazer uma investigação a uma substância chamada etoxiquina, mas dizem que não têm dinheiro para a realizar. Vai providenciar verbas para a pesquisa à etoxiquina? Desculpe, não estou a par desse programa de investigação. Não posso comentar. Estamos aqui apenas para falar da exposição de marisco.
    Num ápice, a assessora de imprensa põe fim à entrevista. Desculpe, a entrevista terminou. Mas não pude fazer as minhas perguntas. Não, mas é mesmo assim. – Tudo bem. – A agenda é muito apertada. A ministra não quer falar sobre a etoxiquina. Ela afirmou não estar ao corrente. Contudo, se analisarmos o seu currículo que está publicado no site do ministério, trabalhou como consultora da EWOS durante quatro anos, a líder mundial em ração para peixe, antes de ter sido contratada como consultora no ministério das Pescas. Desde então, teve dezenas de empregos na indústria do salmão e até liderou um dos principais lóbis, o FHL, o sindicato profissional. Segundo Kurt Oddekalv, ainda falta informação no currículo impressionante dela.

Todas as autoridades responsáveis têm o seu próprio interesse na piscicultura. Ela detém 8% de uma grande exploração piscícola. O diretor dela é detentor de 20% de outra piscicultura. É a isto que chamamos corrupção. É como a máfia italiana. A acusação poderá ser chocante, mas os factos não enganam. Dissimulado num simples esquema financeiro, foi suficiente para eu examinar os registos desta empresa chamada Jmj Invest. A ministra é a principal acionista. E a Jmj Invest possui mais de 10% de uma grande exploração norueguesa de salmão, e vários outros acionistas são membros da família da ministra.

Peixe tóxico, investigadores silenciados, uma ministra com um conflito de interesses… Deixei a Noruega surpreendido com o que ficara a saber. Mas a minha investigação ainda não terminou. Ainda tenho de descobrir como é que estes peixes, por vezes, chegam ao nosso prato sem sequer sabermos. Basta um fabricante alterar o rótulo de um produto, como aconteceu no escândalo da carne de cavalo.

Farmed Norwegian Salmon World’s Most Toxic Food
Marcus Guiliano
https://www.youtube.com/watch?v=RYYf8cLUV5E&t=2351s

Comentários:
Paolur
2 anos atrás
Sou de Hardanger, na Noruega. O rio da minha cidade natal era um dos melhores rios de salmão do país e foi completamente destruído pelas pisciculturas. A grande maioria dos salmões são agora peixes de piscicultura fugidos e cheios de parasitas. Há alguns anos atrás, eu e o meu pai avistamos um peixe no rio que estava quase completamente branco de piolhos de peixe e totalmente cego, ele entrou no rio com uma lança e esfaqueou-o, era demasiado frágil para resistir e nem sequer parecia saber que alguém estava por perto. Há anos que fazemos petições e protestos em vão, as empresas piscícolas agem como se fossem donas dos fiordes. Por favor, não compre salmão de viveiro, quando o faz, está a ajudar a destruir um fiorde que é um património mundial da UNESCO.

Agent Smith
1 ano atrás
Kurt Oddekalv era um tipo incrível que amava a natureza e os animais. Infelizmente, ele morreu em Janeiro deste ano, depois de ter caído no gelo enquanto tentava salvar o seu cão (RIP 1957 – 2021)

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